O turismo ecológico ou ecoturismo vem se desenvolvendo muito nos últimos anos, principalmente em países que ainda possuem grandes áreas intocadas pelo homem, como o Brasil. Entre as várias modalidades de ecoturismo, merece destaque o turismo de observação da fauna, pois o Brasil possui a maior biodiversidade do mundo em peixes, vertebrados, anfíbios e primatas.
O turismo de observação é o segmento turístico que nasceu dos chamados “safaris fotográficos”, muito comuns a partir da década de 1960, mas hoje o foco é o desenvolvimento da consciência ecológica e a preservação da natureza. O turismo de observação de fauna é em alguma área natural e observa sua beleza, contemplando-a, ou especificamente algum ou alguns de seus elementos, como as baleias e golfinhos, por exemplo.
O Brasil dispõe de condições privilegiadas para desenvolver o turismo de observação de fauna porque tem cerca de 100 mil espécies de invertebrados e 8.200 espécies vertebradas, sendo 713 mamíferos, 1.826 aves, 721 répteis, 875 anfíbios, 2.800 peixes continentais e 1.300 peixes marinhos e mais de 30 milhões de espécies de insetos. Toda essa riqueza da fauna brasileira basicamente se encontra dentro de quatro biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. Neles, é possível encontrar:
Nas áreas de florestas: podemos encontrar animais como antas e macacos, a onça-pintada e várias espécies de araras e papagaios.
Selva Amazônica: a fauna de peixes e mamíferos aquáticos é muito importante, contando com espécies como o boto-cor-de-rosa, o pirarucu e o peixe-boi, bem como alguns répteis (jacarés e tartarugas), anfíbios e serpentes (sucuri).
Na Mata Atlântica: deparamos-nos com mais de 1.020 espécies apenas entre as aves, das quais 188 existem somente ali (espécies endêmicas). Os mamíferos também existem em grande número, somando cerca de 250 espécies, das quais 55 são endêmicas. Possui ainda em torno de 65% das espécies brasileiras de anfíbios e 350 espécies de peixes (133 são endêmicas).
Caatingas: podemos encontrar animais como os emblemáticos lobo-guará e o tamanduá, ou o tatu, o veado e a raposa. Os répteis também existem em grande número nesses biomas, especialmente as cobras (cascavel, surucucu e jararaca), lembrando que eles estão bem distribuídos geograficamente, ocorrendo em todo território nacional.
Cerrado: também é domínio dos vertebrados de maior porte no Brasil, os quais sustentam-se dos invertebrados da Classe Insecta que predominam na região, como os cupins, alimento bem apreciado por tamanduás e tatus.
Observamos que esse tipo de turismo de observação é transformado em um grande volume de emprego e rendas para os países africanos, já que o turista precisa de segurança, hospedagem, alimentação e conforto ao se aventurar nesse tipo de roteiro. No Brasil, podemos seguir a mesma lógica com relação a oportunidades de negócios que essa atividade pode gerar com a vantagem de movimentar a economia de pequenas comunidades afastadas dos grandes centros urbanos.
Fonte: www.sebrae.com.br